Por Álvaro Viana
Brasília – O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou em sua saída do Palácio do Alvorada que vetará o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões aprovado pelo Congresso como parte do orçamento da União para 2020.
“Havendo brecha para vetar, farei isso. Não vejo, com todo o respeito, como justo recursos para fazer campanha. A tendência é vetar”, disse. “A proposta de R$ 2 bilhões é em função de uma lei que havia. Não é que quero isso. Chegando a peça orçamentária, tenho poder de veto. Não quero afrontar o parlamento, mas pelo amor de Deus”, acrescentou.
O pedido inicial dos parlamentares era de R$ 3,8 bilhões para o fundo, mas o presidente sugeriu um valor menor, ainda assim mais alto que o do último, de R$ 1,8 bilhão, para as eleições presidenciais.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou a jornalistas, horas depois da afirmação de Bolsonaro que o presidente havia sinalizado com o valor de R$ 2 bilhões.
“Ele mandou o valor de R$ 2 bilhões. O congresso aprovou e ratificou esse valor. Se ele vai vetar a própria proposta é uma decisão dele. Eu não trato de assuntos que são de responsabilidade do Poder Executivo até porque eu não gosto quando o Executivo tenta na interferir de forma demasiada nas agendas da Câmara. O governo tem o direito de vetar e o Parlamento vai ter o direito retificar o veto”, disse Maia.
