Boris Johnson afasta chance de bloqueio nacional por casos de covid-19

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São Paulo – O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu sua abordagem para combater o aumento de casos de covid-19 no Reino Unido, afirmando que dar mais liberdade para as pessoas resultaria em milhares de mortes. Ele, no entanto, afastou a possibilidade de um bloqueio nacional neste momento.

“Outro bloqueio nacional não é o curso certo para o Reino Unido, não quando o custo psicológico e econômico do bloqueio é conhecido por nós, não quando é sugerido que podemos ter que realizar o mesmo tipo de bloqueio brutal repetidas vezes nos próximos meses”, disse ele em entrevista coletiva.

O Reino Unido tem 792.212 casos de covid-19, com 44.248 mortes provocadas pela doença, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Ontem, o Reino Unido registrou um novo recorde de casos diários, com 26.688 contaminações – um aumento de 25% em relação a terça-feira.

“Há sinais claros de que nossas ações coletivas estão dando certo”, afirmou Johnson. “O número R [taxa de reprodução do vírus] estava abaixo de seu nível natural, embora permanecesse acima de um, o que significa que está se espalhando”, acrescentou.

PACOTE DE AJUDA

O chanceler britânico, Rishi Sunak, apresentou a coletiva um pacote de ajuda ao novo coronavírus, que prevê o apoio do governo para setores mais afetados pela pandemia, como lazer e hospitalidade. Sob plano, o governo arcará com parte dos salários dos empregados, além de facilitar o acesso ao crédito.

“Nosso plano de empregos apoiará os britânicos e as empresas onde quer que vivam e em qualquer situação”, disse Sunak. “Assim como fizemos durante esta crise, vamos ouvir e responder às preocupações das pessoas à medida que as circunstâncias evoluem”, acrescentou.

Sunak afirmou que o esquema foi projetado para ser mais generoso com as áreas que estiveram sob medidas mais rígidas por mais tempo.

“O que estamos fazendo agora é apresentar medidas destinadas a ajudar as empresas que não podem operar como normalmente fariam e que estão enfrentando uma queda na receita”, disse Johnson.