Bradesco BBI vê cenário mais cauteloso para comércio eletrônico em 2021

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São Paulo – Em relatório, o Bradesco BBI apresentou uma uma visão mais cautelosa sobre o comércio eletrônico em 2021, devido à expectativa de crescimento abaixo do consenso (7% versus 10-20%), queda nas vendas de eletrônicos e eletrodomésticos e competição mais agressiva, com quatro competidores representando 75% do mercado, o que deve levar à consolidação.

Com isso, os papéis de Mercado Livre, (MELI), Lojas Americanas (LAME) e Via Varejo (VVAR) tiveram a recomendação rebaixada para “neutral” (equivalente à manutenção), de “outperform” (equivalente a compra), com preços-alvos reajustados para R$ 2, R$ 29 e R$ 17, de R$1,6, R$ 41 e R$ 22.

“Nossas principais opções são Natura, C&A e Enjoei, enquanto Grupo Mateus e QueroQuero permanecem nossas peças favoritas no tema de expansão de lojas de longo prazo”, disseram, em relatório assinado por Richard Cathcart, João Andrade e Victor Gaspar.

Os especialistas mostraram preferência por nomes menores e de nicho e em categorias com baixa penetração online e reiteraram a recomendação de Enjoei, Natura, e Grupo Mateus em “outperform” (equivalente a compra) e os preços-alvo em R$ 18, R$ 60 e R$ 11. Com a mesma recomendação, o preço-alvo de C&A e Quero Quero foram elevados para R$ 18, de R$ 15 e R$ 19 e R$ 20.

A análise considera que, em 2021, o crescimento do consumo será mais lento e, com a volta de hábitos anteriores à pandemia, com maior consumo de roupas, impulsionado por crédito e grupos de renda mais alta, em comparação com 2020, que teve influência de renda mais baixa devido ao auxílio emergencial.

“O crescimento geral será lento, mas os varejistas em nossa cobertura têm escala e capital para aproveitar as oportunidades de consolidação. A Covid-19 ainda apresenta incertezas, mas o início da vacinação provavelmente aumentará a confiança em setores sensíveis a medidas de distanciamento social.”