São Paulo – Os bancos Bradesco e Banco do Brasil negaram a participação de seus funcionários em atos golpistas em Brasília, no último domingo (08/01), após publicações nas redes sociais associarem praticantes de atos de vandalismo de prédios públicos da Praça dos Três Poderes às empresas.
Em comunicado, o BB disse que uma imagem de pessoa “defecando” no Supremo Tribunal Federal (STF) não é de funcionário do banco citado em fake news em redes sociais. “O BB apurou e afirma que não se trata de funcionário do BB citado em boatos que circulam nesta fake news que surgiu nas redes sociais. O Banco destaca que desconhece a identidade da pessoa que aparece no vídeo, assim como não há indícios de que se trate de um funcionário do BB na cena lamentável.”
O BB ressalta que “considera a democracia uma conquista da sociedade brasileira e repudia qualquer ato de violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito no país” e disse que “auxiliará nas investigações das autoridades competentes no que for necessário para identificar qualquer funcionário que possa ter participado de atos de vandalismo em Brasília.”
Em seu site, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região publicou uma notícia informando que o bancário do BB, Thiago de Andrade Albuquerque, disse estar sendo vítima da notícia falsa nas redes sociais. Postagens relacionam falsamente o nome de Thiago a um homem que participou dos atos antidemocráticos e terroristas do último domingo 8, em Brasília, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três poderes. O homem aparece em um vídeo defecando em uma mesa do STF.
“Fui vítima de Fake News originada na instituição em que trabalho, Banco do Brasil. Meu nome foi vinculado à indivíduo que participou de ato de vandalismo ao STF no último domingo. Informo que durante esses acontecimentos não estava no Distrito Federal”, esclareceu Thiago em publicação na sua página de Facebook.
Nas publicações mentirosas, que associam o nome de Thiago aos atos criminosos, seus dados profissionais e pessoais foram expostos, o que está gerando diversos transtornos ao bancário, inclusive com ameaças à integridade de sua família.
“As medidas cabíveis já estão em curso e estarei afastado de minhas atividades até que a segurança de minha família seja restabelecida. Peço a todos que não propaguem tais informações, caso tenham acesso”, disse Thiago.
O sindicato orienta que qualquer pessoa que tenha compartilhado a notícia falsa sobre Albuquerque apague de imediato a publicação e, caso tenha acesso ao post mentiroso, o denuncie através das ferramentas das redes sociais.
O Bradesco, por sua vez, negou que a pessoa identificada como “Ana Priscila Azevedo” seja funcionária do banco, segundo informação do site “Poder 360” e confirmada pela Agência CMA. Ela foi identificada por uma conta no Instagram chamada “Contragolpe Brasil”, para expor nomes de pessoas que supostamente estavam presentes no ato extremista. O banco informou ainda que não localizou nenhum registro em seus arquivos com o nome dessa pessoa em seu quadro de funcionários.