São Paulo – A semana foi marcada pelo fim dos balanços do primeiro trimestre de 2022. Diante dos resultados, o Bank of America (BofA) fez uma análise sobre o potencial do setor bancários no país, reiterando os ratings de compra do Banco do Brasil, Bradesco e Itaú-Unibanco, e neutro para o Santander.
Segundo o relatório do BofA, os bancos brasileiros de grande capitalização têm sólidas perspectivas de geração de receita com base em um ambiente de taxas mais altas e avaliações atrativas.
“Continuamos monitorando as tendências de qualidade de ativos à luz da inflação pressionada, alto nível de endividamento dos consumidores e tendências macro fracas, embora os altos índices de cobertura de reservas mostram algum conforto de que os bancos estão preparados para enfrentar a deterioração contínua, de volta aos níveis pré-Covid, explicou o BofA.
A análise lembra que enquanto o desempenho no acumulado do ano dos bancos de grande capitalização está bem acima do Ibovespa (+15% vs +2%), os múltiplos dos bancos permanecem bem abaixo dos níveis pré-Covid, com um P/L médio de 6,5x comparado a 9,2x no primeiro trimestre de 2020”, disseram os analistas, em relatório.
“Embora nossas estimativas de lucro líquido permaneçam praticamente estáveis (-1%) para Bradesco e Itaú, reduzimos em 4% para o Santander com maiores encargos de provisão e aumentamos em 7% para o Banco do Brasil com menores encargos de provisão. Assim, esperamos agora que o setor apresente um crescimento nos lucros de 12% em 2022 e 2023 e de 11% em 2024”, detalhou a análise.
Por fim, o BofA apontou estimativas para as ações dos quatro bancos: Banco do Brasil, R$ 46 (potencial de upside de 29%), Bradesco, R$ 23 (potencial de upside de 17%), Itaú, R$ 30 (potencial de valorização de 19%) e Santander Brasil, R$ 37 (potencial de valorização de 11%).