São Paulo – O lucro líquido do Bradesco aumentou 63,2% no segundo trimestre, para R$ 6,32 bilhões, enquanto o resultado ajustado – que remove os efeitos de ganhos ou despesas não recorrentes – ficou positivo em R$ 5,97 bilhões, subindo 70,4% em relação a um ano antes. No semestre, a companhia teve lucro líquido recorrente de R$ 12,8 bilhões, alta de 68,3% ante o primeiro semestre de 2020.
O banco atribuiu a expansão foi atribuída a maiores receitas com prestação de serviços, crescimento da margem financeira com clientes, menores despesas operacionais e menores despesas com PDD.
“O cenário mudou para melhor neste segundo trimestre e conseguimos um desempenho que mostra o potencial da nossa força comercial, inclusive com crescimento de mais de 20% no faturamento de seguros”, afirmou o presidente da companhia, Octavio de Lazari Jr..
A carteira de crédito expandida do Bradesco aumentou 9,9%, para R$ 726,45 bilhões. O valor considera empréstimos, avais, fianças, cartas de crédito, antecipação de recebíveis de cartão de crédito, debêntures, notas promissórias, coobrigação em cessões para certificados de recebíveis imobiliários e crédito rural, cédula do produto rural (CPR), certificados de recebíveis imobiliário (CRI), certificados de direitos creditórios do agronegócio (CDCA) e fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDC).
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (RoE, na sigla em inglês) anualizado cresceu 5,7 pontos porcentuais (pp) no segundo trimestre, para 17,6%.
A taxa de empréstimos inadimplentes há mais de 90 dias encolheu 0,5 pp em relação a um ano antes, para 2,5% da carteira de crédito expandida.
A despesa do Bradesco com provisões para devedores duvidosos (PDD) levando em consideração a recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade diminuiu 60,8% no segundo trimestre, para R$ 3,49 bilhões.
O saldo de PDD acumulado até o fim do período foi de R$ 44,4 billhões, representando 8,1%da carteira de crédito, enquanto o índice de cobertura para créditos vencidos acima de 90 dias atingiu 324,7%.
PROJEÇÃO DE SEGUROS CAI
O Bradesco reduziu as projeções para o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização em 2021, para retração de 15% a 20%, ante previsão anterior de alta de 2% a 6%, anunciadas no final do primeiro trimestre, como consequência dos casos relacionados à Covid.
“O novo guidance contempla revisão elaborada a partir de projeções de desenvolvimento dos casos relacionados à Covid e à manutenção do ritmo de vacinação”, disse o banco, no informe de resultados do segundo trimestre.
Por outro lado, o banco manteve as estimativas para o ano de crescimento da carteira de crédito expandida (de 9% a 13%), margem com clientes (de 2% a 6%), receitas de prestação de serviços (de 1% a 5%) e de retração das despesas operacionais (entre -5% a -1%).
