São Paulo – O Bradesco espera um crescimento da carteira de crédito de 10%, acima dos 8% esperados pelo mercado financeiro no quarto trimestre, ainda com a pressão do cenário econômico. Para isso, o banco está adequando o mix de serviços e os custos de operação do atual cenário às margens esperadas.
“Estamos fazendo ajuste de custos, mas temos expectativas mais positivas para 2021”, disse Octavio de Lazari, presidente do Bradesco.
Segundo Lazari, o banco está em processo de conclusão do orçamento de 2021 e, se não houver piora do cenário da pandemia, considerando as expectativas para 2021 e queda do PIB de 4,5% em 2020 e crescimento de 3,5% em 2021, a tendência é que as provisões retornem aos níveis anteriores à pandemia. Mas o banco espera um aumento de inadimplência no primeiro trimestre do ano que vem.
“Em 2021, os custos totais vão cair em relação a 2020, a carteira de crédito vai crescer e, esperamos que, acima do esperado pelo mercado e o cliente vai voltar a usar o cheque especial e o cartão de crédito, então, a tendência é a receita crescer e normalizar vamos buscar isso”, disse.
Em relação às provisões e redução de custos realizadas, o banco diz estar preparado para uma piora do cenário por conta do alto nível de desemprego e dificuldades do cenário de pandemia.
Em relação à redução de custos, Lazari citou a adequação da estrutura operacional, com o fechamento de agências e redução de colaboradores. Só em Curitiba, o Bradesco entregou nove prédios administrativos, o que representou uma economia de R$ 400 milhões em aluguéis destes imóveis.