Brasil terá reforço em vacina contra covid-19 a partir de setembro

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São Paulo – O Brasil aplicará uma dose extra de vacinas contra a covid-19 na população a partir de 15 de setembro, segundo o Ministério da Saúde. Os primeiros a receber o reforço serão pessoas com mais de 70 anos vacinados com duas doses há pelo menos seis meses e pessoas imunossuprimidas que tenham recebido a segunda dose há no mínimo 28 dias.

“A imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca”, disse o Ministério da Saúde – decisão que, na prática, exclui apenas a CoronaVac, vacina desenvolvida pela Sinovac e envasada no Brasil pelo Instituto Butantan, do rol de imunizantes que serão usados no reforço da vacinação.

O Ministério da Saúde disse também que a partir de setembro o intervalo entre as doses da Pfizer e da AstraZeneca diminuirá de dose para oito semanas para toda a população. “Essas decisões foram tomadas em conjunto com Conass, Conasems e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (CETAI) do nosso ministério”, acrescentou o o órgão em nota.

O número de pessoas que completaram o ciclo de imunização no Brasil – seja recebendo vacinas de dose única ou as duas doses das demais vacinas – chegou a 52,6 milhões no dia 23, número equivalente a 24,7% da população total e 33,3% do total vacinável, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

Considerando também as pessoas que constam como vacinadas nos sistemas estaduais, completaram o ciclo de imunização 55,8 milhões de pessoas – o que corresponde a 26,2% da população total e a 35,3% dos brasileiros vacináveis.

Além da vacina da Janssen, que requer apenas uma dose, o Brasil está imunizando a população com vacinas da Sinovac – envasadas pelo Instituto Butantan -, da AstraZeneca – envasadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – e da Pfizer. As três exigem a aplicação de duas doses para atingirem o máximo de eficácia na prevenção da covid-19.

Do total de doses aplicadas na população até o momento, 45,8% são de vacinas da AstraZeneca, 34,6% são da Sinovac, 17,0% são da Pfizer e apenas 2,6% são da Janssen.

O Ministério da Saúde vinha sinalizando que pretendia começar um novo ciclo de vacinação contra a covid-19. Na semana passada, o ministro Marcelo Queiroga falou sobre o assunto sem apresentar cronograma para o início da vacinação, mas disse que ela começaria pelos grupos prioritários – que estão mais expostos a risco de morte por contaminação pela covid-19.

“A gente vai começar pelos grupos prioritários – profissionais de saúde, idoso. Os idosos têm sistema imunológico mais comprometido, são mais vulneráveis. E você já tem notícias de que pessoas que tomaram duas doses de vacina adoecem de covid 19 e podem adoecer de forma grave da doença. Mas se nós compararmos os que se vacinaram com duas doses e os que não se vacinaram, o benefício das duas doses é inconteste”, disse ele, na ocasião.