São Paulo – O governo brasileiro só vai aplicar vacinas contra a covid-19 que tenham sido devidamente registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante audiência em comissão mista do Congresso.
“Nós precisamos compreender de uma vez por todas que só aplicaremos vacinas no Brasil registradas na Anvisa, com todos os protocolos cumpridos de maneira correta”, afirmou o ministro.
No final de novembro, o governador de São Paulo, João Doria, disse que poderia aplicar a CoronaVac, vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, mesmo se ela não fosse autorizada pela Anvisa. Segundo ele, bastaria que outras agências internacionais dessem o sinal verde para a aplicação da vacina.
A CoronaVac ainda não aprovada para uso na população por nenhum país, mas hoje o Reino Unido autorizou o uso de emergência da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela norte-americana Pfizer e pela alemã BioNTech. Segundo o governo britânico, em comunicado, as doses estarão disponíveis em todo o país a partir da próxima semana.
As análises finais dos dados, de estudos clínicos de fase 3, mostraram que a vacina da Pfizer e da BioNTech tem uma taxa de eficácia de 95%. De 170 voluntários adultos no ensaio de quase 44 mil indivíduos que desenvolveram covid-19 com pelo menos um sintoma, 162 receberam um placebo.
O governo pode comprar vacinas da Pfizer sob o acordo da Covax Facility parceria público-privada para o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. O compromisso inicial é de, em caso de sucesso de alguma da vacinas financiadas, garantir o fornecimento de doses para pelo menos 20% da população de cada país investidor – no caso do Brasil, cerca de 40 milhões de doses.