São Paulo – A Braskem informou hoje que fechou um acordo com o Município de Maceió para pagamento de R$ 1,7 bilhão, dos quais cerca de R$ 700 milhões já haviam sido provisionados pela companhia em exercícios anteriores.
O Termo de Acordo Global estabelece a indenização, compensação e ressarcimento integral do Município de Maceió em relação a todo e qualquer dano patrimonial e extrapatrimonial por ele suportado, e está sujeito à homologação judicial.
Em seu comunicado, a companhia disse que a celebração do Termo de Acordo Global com o Município de Maceió representa “mais um avanço importante em relação ao tema de Alagoas”.
Em março 2018, o solo de cinco bairros de Maceió afundou em consequência da extração excessiva de sal-gema, afetando cerca de 200 mil pessoas. Milhares de imóveis foram atingidos, e os moradores tiveram que deixar suas casas.
VENDA
Segundo a agência “Bloomberg”, o Tribunal de Contas da União (TCU) deve suspender temporariamente a venda da companhia por conta da crise ambiental em Maceió.
Nos últimos meses, várias notícias sobre a venda da companhia foram veiculadas pela imprensa, mas nenhuma delas concretizadas.
A cada nova proposta, a Braskem divulga um comunicado com o posicionamento oficial da Novonor e, esporadicamente, da Petrobras, ambos acionistas da petroquímica.
A última proposta aconteceu na semana passado, feita pela J&F Investimentos, juntamente com as instituições credoras fiduciárias das ações da Braskem de propriedade direta e indireta da Novonor,
Segundo os termos da proposta a J&F, pelo prazo de 120 dias, poderá adquirir a totalidade dos Direitos Creditórios pelo valor de R$ 10 bilhões, sujeitas a condições usuais em transações desta natureza.
Diante da proposta, a Novonor, em conjunto com as credores financeiros, informou que vai avaliar, e que não há qualquer decisão, mesmo que preliminar, tomada a respeito da proposta.
