Braskem reduz prejuízo em 75% no 3° trimestre de 2024

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Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo, SP – A Braskem divulgou na noite de ontem (6) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com prejuízo líquido de R$ 593 milhões, queda de 75% em relação prejuízo líquido de R$ 2,418 bilhões registrado no mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o prejuízo líquido foi de R$ 5,673 bilhões, alta de 89% em comparação ao prejuízo líquido de R$ 3,004 bilhões do terceiro trimestre de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) recorrente foi de R$ 2,394 bilhões, alta de 160% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda recorrente foi de R$ 5202 bilhões, alta de 94% em comparação ao mesmo período de 2023.

A resultado financeiro líquido foi um prejuízo de R$ 2,332 bilhões, queda de 3% em relação
prejuízo de líquido de R$ 2,410 bilhões registrado no mesmo período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, resultado financeiro líquido foi um prejuízo de R$ 10,226 bilhões, alta de 293% em comparação ao prejuízo de R$ 2,601 bilhões do terceiro trimestre de 2023.

A receita líquida de vendas foi de R$ 21,265 bilhões, crescimento de 28% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida de vendas foi de R$ 58,2595 bilhões, alta de 8% em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo a companhia, o aumento em dólares (+14%), é explicado, principalmente, pelo aumento de 170 mil toneladas, ou 31% no volume de vendas de principais químicos no mercado brasileiro; aumento de 14% no preço médio das referências internacionais de resinas; ) aumento de 10% no preço médio das referências internacionais de principais químicos; e aumento de 5 mil toneladas, ou 2%, no volume de exportação de resinas. Em reais, o aumento (+30%) é explicado também pela depreciação do real médio frente ao dólar
médio do período, de 13,6%.

Demanda de resinas no mercado brasileiro (PE, PP e PVC): menor em relação ao 2T24 (-5%), em função, principalmente, da menor demanda de PE, com destaque para o setor de bebidas combinada com os maiores níveis de estoques na cadeia; e da menor demanda de PVC, explicada pela formação de estoques nos trimestres anteriores. Na comparação com o 3T23, o aumento (+11%) é explicado, principalmente, pela maior demanda de PE do setor de embalagens e formação de estoques na cadeia e maior demanda de PP, principalmente pelos setores de eletrodomésticos e agricultura.

Taxa média de utilização das centrais petroquímicas: maior em relação ao 2T24 (+2 p.p.),
explicada, principalmente, pela retomada das operações no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, que foram interrompidas durante o mês de maio em função do evento climático extremo que atingiu o estado. Em relação ao 3T23, o aumento na taxa de utilização (+5 p.p.) é explicado, principalmente, pela adequação da produção frente a demanda global e da normalização das operações após paradas programadas e não programadas no 3T23.

ESTADOS UNIDOS E EUROPA

O EBITDA Recorrente foi de US$ 71 milhões (R$ 395 milhões), 53% superior ao 2T24 e 18% superior ao 3T23, representando 15% do EBITDA Recorrente consolidado de segmentos da Companhia em dólares no trimestre. O aumento frente ao 2T24 é explicado, principalmente, pela otimização do mix de vendas e pela flexibilidade na compra de matéria-prima nos Estados Unidos. Em relação ao 3T23, o aumento é explicado pelo aumento de 3% no spread médio de PP no mercado internacional e pela flexibilidade
na compra de matéria-prima nos Estados Unidos. Este efeito foi parcialmente compensado pelo menor volume de vendas no período (-8%).

MÉXICO

O EBITDA Recorrente do segmento México foi de US$ 80 milhões (R$ 445 milhões), superior ao 2T24 (+44%), representando 16% do EBITDA Recorrente Consolidado de Segmentos da Companhia. O aumento é explicado, principalmente pelo aumento de 6% no spread de PE no mercado internacional. Em comparação com o 3T23, o EBITDA Recorrente foi superior em dólares (+US$ 73 milhões), explicado, principalmente, pelo aumento de 47% no spread de PE no mercado internacional.

ENDIVIDAMENTO

Em 30 de setembro de 2024, o prazo médio da dívida era de cerca de 6,2 anos, com 95% de vencimento a partir de 2029. O custo médio ponderado da dívida da Braskem Idesa era de variação cambial +7,3% a.a. O patamar de liquidez de US$ 229 milhões garante a cobertura dos vencimentos de dívida nos próximos 28 meses.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/resultado operacional recorrente, em dólares, foi de 7,54x, menor 60% do que a medida no terceiro trimestre de 2023 e menor 21% inferior em comparação ao registrado em junho deste ano.