São Paulo – BTG Pactual rebaixou a classificação do Bradesco para neutro porque o banco reportou resultados de 3T22 muito fracos, já que o lucro líquido caiu 23% no ano, para R$ 5,2 bilhões e o ROE (do inglês Retorno Sobre Patrimônio Líquido) foi de apenas 13,5% – o menor nível trimestral dos últimos 10 anos, se excluirmos o primeiro semestre de 2020, durante o pior do COVID-19.
“Negociando a 1,3x BV mais recentemente e dada a qualidade de sua franquia, estávamos sustentando nossa classificação de compra puramente por motivos de avaliação. Mas assumindo nossas novas estimativas, agora vemos negociando a 8x P/E23, muito próximo do Itaú, o que não acreditamos ser justificado”, explica análise.
O BTG então revisou suas estimativas, cortou o preço alvo de R$25 para R$ 21 e reforçou a preferência pelo Itaú e Banco do Brasil em detrimento do Bradesco ou Santander.
Apesar de acreditar que os resultados devam se recuperar antes mesmo do fim de 2021, os analistas se perguntam como anda a transformação digital do Bradesco em relação aos seus pares, o que pode se traduzir em um maior gap de ROE e maior desconto de avaliação justo em relação aos níveis históricos.
Especialistas dizem que nesse mercados desafiadores baixar tanto as estimativas de ganhos é a receita para desempenho inferior.