São Paulo – O BTG Pactual divulgou relatório com suas estimativas de resultados para Telefônica Brasil no 4T22, com receita de serviços 9,5% maior em relação ao mesmo período do ano anterior – impulsionada pela receita de serviços de celular (+13,3% base anual, ajudada pela consolidação da Oi) – mas com margem ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caindo 1p.p. ao ano, para 41,9%.Estima, ainda, lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no período, levando a empresa a fechar o ano com R$ 4 bilhões.A recomendação é de compra e o preço-alvo é de R$50.
“Comparado ao 4T21 e 3T22, este é um nível de lucro muito menor, mas relacionado ao reconhecimento de R$ 1,4 bilhão em créditos tributários no 4T21 e R$ 1 bilhão no 3T22”, dizem os analistas. “Fazendo ajustes pontuais, o lucro líquido deve cair 8% ao ano. A queda no ano era esperada devido ao maior D&A e despesas financeiras da aquisição da Oi, além do grande aumento nas taxas de juros no período.”
O BTG lembra que este será o primeiro trimestre desde 1T22 em que a Vivo não se beneficiará de um aumento de preçoem seus planos. “O bom crescimento da receita móvel que estimamos (apenas ligeiramente abaixo do terceiro trimestre) reflete sólidas adições líquidas pós-pagas nos últimos meses, diz análise. Em outubro e novembro, a Vivo adicionou 292 mil clientes pós-pagos por mês, em média, tornando-se líder do segmento no período.
Os analistas esperam, ainda, que o crescimento da receita de telefonia fixa acelere um pouco no trimestre liderada por negócios relacionados com a fibra (FTTH, IPTV e dados corporativos), onde esperamos receita de R$ 2,85 bilhões (+10,9% na base anual). “Vemos R$ 5,3 bilhões de ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado (+7,3% ao ano), com margem de 41,9% (-1p.p. a/a). A margem mais baixa em relação ao ano passado reflete custos de pessoal mais altos e um mix de receita diferente”, explicam os analistas.