BTG Pactual vê cenário mais desafiador para varejistas e ajusta carteira de curto prazo

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São Paulo – O BTG Pactual atualizou as recomendações do setor de varejo, com avaliação de que as ações locais do setor seguem pressionadas pelo cenário macro local e global apesar dos sinais positivos, como a queda do desemprego e a diminuição da inflação (embora ainda alta) em alguns segmentos.

“Enquanto isso, vemos o setor sendo negociado a um múltiplo de 17 vezes o preço sobre o lucro (P/L) para 2023, já se ajustando para um cenário mais baixista devido aos maiores custos de captação ano (e a transferência para o próximo ano) o que não parece barato”, comentaram os analistas, em amplo relatório.

Neste ambiente “agridoce” de varejo, o BTG disse preferir um mix de ações com exposição à reabertura econômica, mas com algum poder de precificação, impulso sólido e/ou proteção contra a inflação e inclui em seu portfólio de curto prazo e elevou o preço-alvo dos papéis da Arezzo (para R$ 125, de R$ 103), Lojas Renner (para 39, de R$ 37), Grupo Soma (R$ 19, de R$ 17) e Assaí (R$ 25, de R$ 19).

Por outro lado, o BTG rebaixou e cortou os preços de Natura (uma impressionante queda de R$70 para R$ 18), Espaçolaser (de R$ 23 para R$) e CVC (De R$ 33 para R$ 13) devido ao cenário ainda incerto para seus planos de recuperação, pressões inflacionárias e o ainda alto custo de financiamento para esses players.

“Embora ainda vejamos vantagens após a recente liquidação, reduzimos nossos preço-alvo devido a custo de capital mais alto (+100 pontos base em média) e estimativas de curto prazo especialmente mais baixistas para ganhos e margens. A melhoria constante (e maior visibilidade) no cenário econômico (especialmente inflação, levando a taxas de juros mais baixas até o ano que vem) deve melhorar gradativamente as perspectivas de consumo geral e percepção de risco, privilegiando players como Méliuz e Grupo Mateus que também adicionamos ao nosso portfólio”, finalizam.