Cade aprova combinação dos ativos de Amil e Dasa

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens

São Paulo, 26 de dezembro de 2024 – A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, nesta terça-feira (24), a operação referente à combinação dos ativos da Amil e da Dasa. Por meio da transação, 25 hospitais, seis clínicas oncológicas e seis clínicas médicas, anteriormente pertencentes a Amil e Dasa, passarão a ser controlados pela Impar Serviços Hospitalares, joint venture de gestão compartilhada entre as duas empresas.

A Amil e seu grupo controlador atuam em todo território nacional na oferta de planos de saúde médico-hospitalares e de planos odontológicos. O grupo possui ainda hospitais e centros médicos, além de contar com rede credenciada de médicos, hospitais, clínicas e laboratórios. Já a Dasa atua no mercado de serviço de apoio diagnóstico (SAD) em seus laboratórios, bem como no mercado de hospitais gerais, clínicas médicas e clínicas odontológicas.

A operação implicará em sobreposição horizontal, ou seja, atuação conjunta das duas empresas, nos mercados de hospitais gerais, centros médicos, hemodinâmica e SAD nos municípios do Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Brasília/DF. Nos serviços de oncologia ambulatorial, a sobreposição foi identificada nesses mesmos municípios, além da cidade de Niterói/RJ.

No entanto, a análise conduzida pela SG/Cade indica a presença de elementos de entrada e rivalidade suficientes para afastar a probabilidade de exercício de poder de mercado por parte das empresas em todos os mercados relevantes.

Já em relação à verticalização, a operação resultará na integração vertical entre diversas atividades desempenhadas pela joint venture, incluindo serviços de apoio diagnóstico (SAD), hospitais gerais, centros médicos, hemodinâmica e oncologia ambulatorial (quimioterapia), com os serviços de planos de saúde oferecidos pela Amil. Além disso, a operação gerará integração vertical entre os serviços de apoio a terceiros prestados pela Dasa e os serviços de SAD fornecidos pela Amil, bem como entre a distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares, incluindo vacinas, realizada pela Dasa, e os serviços de planos de saúde ofertados pela Amil.

Sobre essa questão, a análise da SG/Cade indicou que a operação não acarretaria risco de fechamento de mercado.