Câmara da Espanha rejeita posse de Sánchez como primeiro-ministro

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São Paulo – A Câmara dos Deputados da Espanha rejeitou a posse de Pedro Sánchez como primeiro-ministro do país, depois de meses de negociações entre seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e outras legendas para a formação de um governo de coalizão.

Sánchez obteve 166 votos a favor e 165 votos contrários, além de 18 abstenções. Ele precisava de maioria absoluta, ou 176 votos. O PSOE venceu as eleições realizadas no dia 10 de novembro, mas não conquistou maioria no Parlamento, o que manteve o impasse sobre a formação de um governo no país.

Esta foi a terceira vez em menos de um ano que a posse de Sanchéz como primeiro-ministro foi rejeitada na Câmara. Ele será submetido a uma nova votação amanhã, na qual precisará apenas de maioria simples e, assim, deve conquistar a aprovação necessária.

O PSOE assinou um acordo de coalizão com o partido de esquerda Unidas Podemos logo após as eleições de novembro. Além disso, as bases da formação independentista catalã Esquerda Republicana (ERC) concordaram no início de dezembro em se abster da votação da posse de Sanchéz. Já o Partido Popular (PP), Ciudadanos e Vox, de direita e extrema-direita, votaram contra.

“Esta coalizão progressiva é o melhor antídoto contra a coalizão do apocalipse”, disse Sanchéz ontem, antes da votação na Câmara. “Vamos fazer desta legislatura uma reivindicação da melhor política, das melhores esperanças”, acrescentou, defendendo o diálogo com todos os grupos parlamentares.