São Paulo – Associações de caminhoneiros autônomos prometeram uma greve para 1 de novembro na ausência de “resposta concreta” do governo federal às reivindicações do grupo – entre elas a alteração na política de preços de combustíveis da Petrobras, sob a qual a empresa vende estes produtos no mercado doméstico por valores superiores aos praticados no mercado externo.
Em vídeo que circulou entre os caminhoneiros, representantes da categoria disseram, durante o 2o Encontro Nacional dos Caminhoneiros autônomos e celetistas ocorrido neste fim de semana no Rio de Janeiro (RJ), que sem uma resposta do governo o Brasil ficará “todo parado, inclusive Santos” – uma referência ao Porto de Santos, o principal do país.
Também afirmaram que o governo do presidente Jair Bolsonaro teve três anos para atender aos pedidos dos caminhoneiros e que isso “não foi cumprido”. O evento foi organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
Os caminhoneiros autônomos fizeram outras ameaças de greve em ocasiões anteriores, mas as paralisações tiveram pouca adesão. A última delas aconteceu no final de julho, quando alguns caminhoneiros pararam para protestar contra o aumento nos preços do diesel.
No início de setembro também houve manifestações de caminhoneiros que chegaram a bloquear algumas rodovias, mas elas estavam relacionadas a fatores políticos – eram organizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro -, e não à pauta de reivindicações da categoria.