Carga do sistema deve subir 3,2% em setembro, prevê ONS

85
Usina hidrelétrica de Furnas / Foto: José Fernando Carli / freeimages.com

São Paulo, 13 de setembro de 2024 – As temperaturas elevadas devem continuar elevando a carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), que deve subir 3,2% em setembro, totalizando 79.679 megawatts (MW) médios, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgados nesta sexta-feira.

A maior expansão será na carga da região Norte, de 8,8%, para 8.371 MW médios, seguida pela Sul, que terá alta de 5,1%, para 13.280 MW médios, enquanto o Nordeste terá avanço de 3% na carga, para 13.034 MW médios e, por fim, no Sudeste/Centro Oeste, a alta será de 1,8%, para 44.994 MW médios.

O boletim para a semana operativa entre os dias 14 e 20 de setembro apresenta projeções abaixo de 50% da Média de Longo Termo (MLT) para a Energia Natural Afluente (ENA) em quase todos os subsistemas. No período, as chuvas sobre os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste deverão ficar em 48% da média de longo termo (MLT), enquanto no Sul, a projeção para as chuvas ficou em 53% da média, na região Norte a expectativa é alcançar 49% da MLT e no Nordeste as afluências devem alcançar a média de 42%.

A estimativa do ONS é que os reservatórios das hidrelétricas no Sudeste/CO, que concentram a maior capacidade de armazenamento no país, terminem o mês de setembro com nível de 46,9%, ante 47,4% da semana passada, enquanto o Sul tem nível previsto em 48,4%, maior que os 43,9% anteriores. Os reservatórios do Norte devem fechar o período com 74,3% da capacidade, de 74,6%, e o Nordeste com estimativa de 50,3%, um pouco abaixo dos 50,7% do boletim anterior.

O Custo Marginal de Operação (CMO) ficou estabelecido em R$ 341,76 por megawatts-hora (MWh) em todas as regiões do País, um pouco abaixo do CMO da semana anterior (R$ 346,13).

Além disso, o ONS afirmou que para a próxima semana de setembro foi autorizada a oferta de energia do Uruguai, por meio da conversora Melo, e da Argentina, através das conversoras de Garabi I e II.