Casa Branca descarta abrandamento de sanções ao Talibã

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São Paulo – O governo de Joe Biden não está considerando flexibilizar as sanções contra o Talibã depois que o movimento assumiu o Afeganistão, segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
“Ninguém deve avaliar que atualmente estamos considerando a flexibilização das sanções contra o Talibã. Essa questão não está sendo ativamente discutida ou perseguida”, disse ela em coletiva de imprensa.
O Talibã assumiu o controle do Afeganistão ao entrar na capital Cabul em 15 de agosto. A ação desencadeou um processo mais acelerado de evacuação das forças estrangeiras, que deixaram o Afeganistão em definitivo na segunda-feira, quando o último avião norte-americano levantou voo e acabou com 20 anos de guerra.
O processo de retirada de norte-americanos e afegãos que ajudaram os Estados Unidos nesse período foi tumultuado, especialmente depois de dois ataques com homens-bomba do Estado Islâmico que resultaram na morte de mais de 200 pessoas, entre elas, 13 militares norte-americanos.
Na coletiva de hoje, Psaki disse que Estado Islâmico-Khorasan – ou Isis-K como é conhecido o braço do Estado Islâmico no Afeganistão – tem grande interesse em atacar alvos da aviação dos Estados Unidos e pessoal em bases militares.
“Sabemos que o Isis-K tem grande interesse em ataques contra alvos da aviação e nosso pessoal em terra em nossas bases militares, e esses são alguns dos riscos que levamos em consideração”, afirmou ela ao discutir as preocupações sobre um possível fretamento voos programados para tirar os norte-americanos que ainda ficaram no Afeganistão.
De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, entre 100 e 200 norte-americanos ainda estão em solo afegão. “Estamos em contato direto com essas pessoas para que possam ser retiradas de lá caso assim desejem”, acrescentou Psaki.