São Paulo – A economia norte-americana precisa neste momento de estímulos direcionados e esse deve ser o próximo passo tratado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo o principal conselheiro econômica da Casa Branca, Larry Kudlow.
“Não acredito que a economia norte-americana precise de mais injeção de dinheiro. O que precisamos agora é de dinheiro direcionado como para a volta das crianças para a escola”, afirmou ele em entrevista para a Fox Business. “O presidente vai tratar em breve dos recursos direcionados”, acrescentou.
Questionado sobre a estagnação das negociações em torno de uma rodada de ajuda ao novo coronavírus, Kudlow disse que a falta de entendimento não deve atrapalhar a recuperação da economia dos Estados Unidos.
“Não acredito que a estagnação das negociações atrapalhe a recuperação porque os decretos do presidente ajudam muito a economia. Além disso, os dados estão vindo melhores, o desemprego está diminuindo, vagas estão sendo reabertas, o mercado imobiliário é vigoroso assim como a indústria”, afirmou.
No sábado, Trump assinou uma série de decretos diante do impasse entre o governo, os republicanos e a oposição democrata para uma proposta bipartidária sobre estímulos. Entre os decretos assinados por ele está o auxílio de US$ 400 por semana aos desempregados.
“O auxílio ao desemprego é uma coisa grande, um apoio que pode chegar a US$ 700 se os estados contribuírem com US$ 100. A proteção ao despejo também é uma grande ajuda assim como o alívio ao débito estudantil”, disse Kudlow.
Ontem, o conselheiro da Casa Branca explicou que o governo modificou a fórmula para o pagamento do auxílio aos desempregados. Antes, os estados participavam com 25%, ou o equivalente a US$ 100, e o governo federal com US$ 300, totalizando os US$ 400 previstos no decreto.
Agora, o governo federal arcará com o custo total do benefício, ou seja, os US$ 400. No entanto, se cada estado optar por contribuir com US$ 100 como previstos inicialmente, o governo coloca mais US$ 300, elevando a ajuda a US$ 700 por semana.
Questionado sobre a questão dos estados, Kudlow disse que o governo segue rejeitando um resgate dentro da proposta de estímulo.
“Essa proposta não é sobre má gestão ou déficit de pensões estaduais. O governo não se opõe a ajudar os estados desde que tenha relação com a covid-19. Podemos fornecer ajuda para a compra de equipamento, para infraestrutura, reabertura de escolas e empresas desde que tenha relação com a covid-19”, concluiu.