São Paulo – A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) disse que para conter o avanço do Covid-19, nome do novo coronavírus, adotou medidas de criação de comitê de crise, recomendação de trabalho home office, disponibilização de canal de saúde via telefone, realização de palestras e afastamento de sete dias para quem voltou de viagem internacional.
Em comunicado, a empresa explicou que as incertezas em relação às consequências do novo coronavírus tornam-se muito difícil neste momento prever qualquer impacto em seus negócios e na economia global.
Porém, a divisão de aeroportos, que representou cerca de 10% do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2019, tem sido a mais impactada, sendo que em San Jose, na Costa Rica, Quito, no Equador, e Curaçao tiveram suas operações significativamente reduzidas, em virtude de restrições impostas pelas autoridades locais.
No Brasil, a BH Airport, responsável pelo aeroporto de Confins, e as operações nos Estados Unidos também estão sendo afetadas, em virtude da redução dos voos domésticos e internacionais.
No tráfego de rodovias, que representou cerca de 75% do ebitda em 2019, o impacto tem sido ainda limitado, com redução dos veículos leves, possivelmente por conta de medidas para trabalho em home office. Por outro lado, houve certo aumento nos veículos pesados já que não há nenhuma medida ligada à restrição de mobilidade de carga.
Na divisão de mobilidade, que representou 15% do ebitda em 2019, verificou-se, nos últimos dias, uma redução de demanda na ordem de 30% em relação ao movimento usual no número de passageiros transportados.
Diante deste cenário, a CCR afirmou que está tomando medidas para preservar sua posição financeira como a preservação do caixa, contenção de despesas e priorização dos investimentos.