São Paulo – A CCR informou que tem uma carteira de projetos que demandará investimentos de R$ 230 bilhões, em todos os modais que competem por capital, incluindo 13 concessões de rodovias, como a BR-381 e dos estados de PR, RS, MG, SC e GO, além de oito projetos de mobilidade e três em aeroportos. As informações foram apresentadas nesta sexta-feira por Gustavo Lopes, diretor de novos negócios da CCR, no evento anual para investidores e analistas CCR Day.
“Há um movimento dentro dos ativos da companhia para geração de valor”, comentou Lopes, em relação às movimentações societárias anunciadas pela companhia de 25 de julho, quando concluiu a alienação de sua participação de 70% detida na Total Airport Services (TAS), à AGI-CFI Acquisition Corp, controlada pela Alliance Ground International (AGI), por US$ 143,5 milhões, menos dívidas e outros passivos assumidos.
Sediada em Spring, no Texas, a TAS é uma importante prestadora norte-americana de serviços aeroportuários. Seu portfólio é composto principalmente por serviços de ground-handling (assistência em terra para aeronaves), armazenagem de carga e operação de terminais. O Grupo CCR adquiriu 70% do capital capital social da TAS em 2015.
O executivo disse que há projetos de fusões e aquisições no radar mas que eles são confidenciais.
ELEIÇÕES E AMBIENTE MACRO
O presidente da CCR, Marco Cauduro, companhia está otimista com o ambiente de negócios no estado de São Paulo é muito maduro, sólido e que recentemente passou por um processo muito complexo e foi bem sucedido.
“Nada retirará nosso apetite por novos negócios e continuamos confiantes na manutenção do ambiente de negócios do estado, seja quem ganhar as eleições”, comentou o CEO da CCR, no CCR Day.
O executivo disse que não tem planos de vender aeroportos e que também não irá participar do leilão de concessão de Congonhas, em São Paulo (SP), após avaliar risco do projeto, incertezas macroeconômicas e expectativa de retornos.
“Vamos avaliar a participação na concessão da oitava rodada de aeroportos (da Anac, que inclui os aeroportos de Santos Dumont e o internacional do Rio de Janeiro, o Galeão)”, comentou.
O atual ambiente de mercado com juros altos e aumento de custos está sendo incorporado na avaliação dos projetos em que a companhia quer entrar ao avaliar os retornos.
“Continuamos a estudar todos os projetos, primeiro a matriz e risco, retorno, como estruturar o financiamento e estrutura de capital e como ele ‘casa’ com o nosso portfólio para extrair a melhor estrutura de sinergias”, explicou Waldo Perez, diretor financeiro da CCR.
O executivo disse que avalia vários projetos com sócios, o que contempla diversas formas de negócios, como um projeto com a Alstom, em que reduziu o risco no investimento.
“Estamos abertos a sociedades, temos feito negócios dessa forma e vamos olhar isso numa licitação que temos na semana que vem. Se não ganharmos, temos nosso balanço e condições de alcançar o crescimento que queremos”, concluiu Perez.