São Paulo – A CCR venceu o leilão para a concessão dos serviços públicos de ampliação, manutenção e exploração do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o Aeroporto da Pampulha, localizado em Belo Horizonte (MG), que ocorreu na B3. O valor de outorga ofertado foi de R$ 34 milhões, o que representa um ágio de 245,29% frente ao valor de outorga fixa mínima, que era de R$ 9.846.905,08.
O certame teve apenas a CCR e o Consórcio ASA como interessados e foi definido em viva-voz após disputa acirrada entre a empresa e o consórcio.
Os investimentos estimados pelo governo mineiro no local são de R$ 151 milhões. Deste total, cerca de R$ 65 milhões serão investidos nos primeiros 36 meses, principalmente na construção de um terminal de aviação geral, sistema de pistas de táxi, recuperação parcial do pavimento da pista e preparação para novos hangares.
O leilão do complexo aeroportuário, que inclui desde a área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves, até bens móveis e imóveis considerados necessários à exploração da infraestrutura aeroportuária. O prazo de concessão é de 30 anos.
SINERGIAS E NOVAS ROTAS
Após arrematar a concessão do Aeroporto da Pampulha, a CCR afirmou que prevê várias sinergias com o Aeroporto Internacional da cidade, que fica na cidade de Confins, na região metropolitana da capital mineira, e também é operado pela empresa. A CCR ainda se mostrou otimista para a criação de novas rotas e destinos usando não apenas Pampulha, mas os demais 16 aeroportos brasileiros que arrematou recentemente na 6a rodada de concessões, em abril deste ano.
“Existem muitas sinergias entre os dois aeroportos, já temos uma operação em Confins bastante premiada, e essa complementaridade trará melhorias para passageiros, para o estado de Minas Gerais e para quem desejar fazer negócios na região”, disse a presidente da CCR Airports, Cristiane Gomes, a jornalistas.
Gomes não deu detalhes sobre as sinergias previstas ou se será possível compartilhar voos entre os dois aeroportos, mas afirmou que a CCR pretende usar toda a sua escala da plataforma de aeroportos para criar novas rotas, o que está sendo conversado e deve ser melhor definido conforme o setor consolida a sua retomada após a pandemia de coronavírus.
“Vencemos o leilão da 6a rodada em abril deste ano e vamos operar 16 aeroportos além desses, então Pampulha faz parte dos nossos planos de tornar cada vez maior a nossa plataforma de aeroportos. Vamos criar novas rotas dada à escala enorme que vamos operar”, disse.
“Muitos dos voos domésticos estão retomando e com essa retomada podemos reorganizar juntos com as companhias para oferecer novas rotas e novos destinos”, completou.
Questionada ainda sobre a possibilidade de participar do leilão da 7a rodada de aeroportos, que deve incluir aeroportos de peso como Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o diretor de novos negócios da CCR, Gustavo Marques, reiterou que a companhia tem sim interesse no certame, mas que não há nada definido.
“Estamos olhando todas a oportunidades, incluindo a 7a rodada, estamos olhando há vários meses, mas não temos nenhum tipo de definição ainda”, afirmou.
