São Paulo – O Ibovespa (IBOV) recuou 11,5% em junho e o desafio de encontrar as melhores ações para investir continua. Como de costume, no início do mês, as corretoras fazem suas apostas e divulgam suas Carteiras Recomendadas, de Dividendos e Small Caps.
A Mirae Asset disse que a performance de suas carteiras em junho foi influenciada pela volatilidade que tomou conta do mercado de ações global. As três carteiras da corretora recuaram em junho: Recomendada (-10,8%), Dividendos (-2,4%) e Small Caps (-15,9%).
“O cenário econômico global continuou afetado pelos efeitos da alta inflacionária, guerra na Ucrânia e da nova onda de Covid na China. Por aqui, o Ibovespa continuou refém das incertezas sobre o risco fiscal do governo e a continuidade de um movimento de saída de recursos de investidores estrangeiros”, explica o relatório da Mirae.
Segundo a análise, o movimento de alta inflacionária seguirá em destaque em julho, via aumento de preços de commodities e no comércio de insumos de produção, colocando mais pressão para os bancos centrais.
“O movimento de forte alta nos preços das commodities, principalmente petróleo, celulose, minério de ferro e proteína animal, tende a continuar em julho, mas sem a força vista nos meses anteriores, decorrente da sinalização de desaquecimento da atividade em grande parte dos países”, pondera a Mirae.
Para julho, na Carteira de Dividendos, a corretora retirou as ações do Banco do Brasil e da Klabin, e incluiu os papéis da Cemig e Eletrobras. Vale
Na Carteira Small Caps, houve apenas uma mudança. Saiu a Marfrig e em seu lugar entrou a Minerva. Além dela, as outras nove ações desta carteira são Ferbasa, Fleury, Metalúrgica Gerdau, Movida, Multiplan, Randon, Santos Brasil, Taesa e Usiminas.
Por fim, a Mirae lembra que o embate em torno das eleições para presidente da República tende a mostrar maior influência no mercado de ações no segundo semestre, o que deve garantir adições de volatilidade ao Ibovespa e câmbio.
“Mesmo diante destes fatores e inegável apontar que o preço de muitas ações já esteja convidativo, mas decorrente das incertezas do momento, não podemos descartar novos momentos de realização. Assim, entendemos que os investidores estarão mais seletivos na busca de ativos de risco neste mês de julho”, conclui o relatório da corretora.