Cemig nega irregularidades em rede elétrica após acidente de avião com Marília Mendonça

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São Paulo – A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) disse que “as autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente” que vitimou cinco pessoas em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, na última sexta-feira (5), incluindo a cantora Marília Mendonça, em resposta a um pedido de comentário enviado pela Agência CMA sobre o fio elétrico encontrado hoje pela Polícia Civil de Minas Gerais preso na hélice do avião.

Segundo a polícia, não é possível afirmar ainda que o cabo é o que se rompeu de uma torre de transmissão próxima ao local da queda.

O acidente é investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira. Um choque com um cabo de uma torre de alta tensão é apontado como possível causa da queda do avião. Outros pilotos que atuam na região já haviam reclamado que os fios elétricos atrapalham o pouso no aeródromo de Caratinga.

No dia do acidente, a Cemig informou que o avião bateu em um cabo de uma torre distribuição de energia da companhia em Caratinga. O avião caiu a uma distância de três quilômetros do aeroporto de Caratinga, em um curso d’água próximo de um acesso da rodovia BR-474.

No sábado (6), a empresa informou que a linha de distribuição atingida pela aeronave no acidente está fora da área de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica Brasileiro. Ou seja, a linha não é considerada um obstáculo para pousos. Por esse motivo, as informações disponibilizadas ao piloto, para o preparo do plano de voo, não alertavam sobre a redes de cabos.

Segundo a empresa, os obstáculos que constam no Notam (informações disponibilizadas ao piloto para o preparo do plano de voo) não se referem à torre de distribuição que teve o cabo atingido. “Um deles é o de outra torre que pertence à Cemig, e com esferas de sinalização na cor laranja, por estar dentro da zona de proteção do aeródromo, conforme Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor”, explicou.

“Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos”, disse a empresa, em nota.