São Paulo – A XP retomou a cobertura das empresas do setor de supermercados, com avaliação positiva, especialmente por conta da pandemia, devido ao maior consumo em casa, mudança estrutural para o formato “atacarejo” e expectativa de aumento da participação das marcas e de lucratividade. Os analistas consideram que o cenário de permanência da covid-19 e a dinâmica de resultados de curto prazo são favoráveis ao setor e que o nível de preços das empresas está atrativo e até 40% mais barato do que antes da pandemia.
“Além desses pontos, as ações das empresas não refletiram os resultados fortes entregues ao longo de 2020 e, na verdade, estão abaixo dos níveis do primeiro semestre de 2019. Como consequência, vemos o valor do setor como muito atrativo, negociando com descontos de 40% em comparação a empresas internacionais e abaixo de seus níveis históricos, além de enxergarmos um espaço para um re-rating (aumento de patamar de múltiplo) puxado pela perspectiva estruturalmente melhor em comparação ao período pré-pandemia”, diz o relatório assinado por Danniela Eiger, Marco Nardini, Thiago Suedt e Marcella Ungaretti.
Com isso, os analistas avaliaram o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) com recomendação de Compra e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 103,0 por ação, Carrefour Brasil (CRFB3) com Neutro e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 25,0 por ação e mantiveram a recomendação de Compra para as ações do Grupo Mateus (GMAT3) com preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 11,0 por ação.
Os papéis do Carrefour, que às 12h57 (horário de Brasília) caíam 1,87%, a R$ 19,91 e estavam entre as maiores baixas do Ibovespa, ficaram abaixo da preferência da corretora no setor, o Pão de Açucar, pois, a companhia tem muito a evoluir na frente ESG, apesar de seu histórico e de expectativa de crescimento de receita anual em Multivarejo acima do mercado.