Chanceler alemão chama de 'bom sinal' retirada de tropas russas da Ucrânia

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O chanceler alemão Olaf Scholz descreveu o retorno das tropas russas às suas bases após manobras perto da fronteira ucraniana como um bom sinal. As informações são da agência de notícias “Sputnik”.
“Ouvimos que unidades individuais estão se retirando, e isso é um bom sinal. Esperamos que essa tendência continue”, disse Scholz após conversas com o presidente russo, Vladimir Putin.
O chanceler destacou que a Alemanha com seus colegas da União Europeia e da Otan “dialogarão com a Rússia sobre os passos concretos a serem seguidos para fortalecer a segurança comum”.
“Para nós alemães, e para todos os europeus, está completamente claro que a segurança sustentável não pode ser construída contra a Rússia, mas apenas junto com a Rússia. E estamos aqui unidos, tanto na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) quanto na União Europeia”, destacou Scholz.
Por outro lado, o político expressou preocupação com a concentração de 100 mil soldados perto da fronteira ucraniana “sem motivo aparente para isso”.
“Por isso, é urgente a diminuição das tensões. Nesta situação tensa, é muito importante não iniciar uma guerra”, sublinhou.
Segundo Scholz, para a geração europeia do pós-guerra na qual ele se inclui, uma guerra no continente é “inimaginável”.
“Temos que continuar assim. É nosso dever como chefes de Estado e de governo evitar uma escalada militar na Europa”, enfatizou.
As possibilidades diplomáticas, disse ele, ainda não se esgotaram, por isso é preciso “trabalhar com determinação e coragem para resolver a crise”.
“Não devemos chegar a um beco sem saída [ao redor da Ucrânia] que acaba sendo um desastre para todos nós”, enfatizou.
Mais cedo nesta terça-feira, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, anunciou que destacamentos dos distritos militares do Sul e Oeste começaram a retornar aos seus quartéis após o término dos exercícios militares.
Atualmente, o treinamento da Resolução Aliada 2022 das forças conjuntas da Rússia e da Bielorrússia está sendo realizado em território bielorrusso até 20 de fevereiro.
Durante as manobras, as tropas se exercitam para repelir agressões externas com uma operação defensiva, lidar com o terrorismo e defender os interesses do Estado da União da Rússia e da Bielorrússia.
A Rússia e a Bielorrússia afirmaram repetidamente que os exercícios em curso são de natureza defensiva e não ameaçam ninguém.
As tensões em torno da Ucrânia foram agravadas nos últimos meses pelo acúmulo de tropas russas perto da fronteira ucraniana, que o Ocidente interpreta como preparativos para uma possível invasão.
A Rússia rejeita essas suspeitas, defende o direito de mover forças dentro de seu próprio território como bem entender e acusa a Organização do Tratado do Atlântico Norte de buscar pretextos para colocar mais equipamentos militares perto das fronteiras russas.