São Paulo – A China ainda enfrenta riscos de um novo avanço no número de casos de covid-19 no país, e anunciou medidas adicionais para evitar a propagação do vírus, como o aumento de testes para identificar pessoas assintomáticas e maior vigilância nas regiões de fronteiras.
“A pandemia pode se recuperar em casa no contexto de casos de agrupamentos encontrados recentemente”, de acordo com o Conselho de Estado chinês, em comunicado. O gabinete apelou pelo aumento de esforços para descobrir e fortalecer os pontos fracos na prevenção e controle.
“A China adotará medidas dinâmicas adicionais nas regiões fronteiriças e expandirá o escopo dos testes de vírus em áreas-chave para se proteger contra o retorno da doença do novo coronavírus”, diz a nota, divulgada após reunião presidida pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.
Assim, “áreas-chave devem expandir o escopo e aumentar a taxa de testes de ácido nucleico e soro e realizar investigações epidemiológicas para descobrir infecções e acompanhar de perto os casos assintomáticos”. Além disso, os trabalhos serão intensificados “para melhorar as tecnologias de teste e desenvolver medicamentos e vacinas contra o vírus”.
O comunicado diz ainda que as medidas visam a prevenir os casos importados, ou seja, de pessoas que se contaminaram fora da China. Desta forma, o governo central apoiará regiões fronteiriças e cidades portuárias, enviando recursos do interior e garantindo mais suprimentos médicos e novos laboratórios de testes.
Na reunião, o gabinete chinês também defendeu a construção de um mecanismo conjunto de prevenção e controle com os países vizinhos da China, além da maior cooperação internacional. Por fim, a cidade de Wuhan deve continuar com medidas preventivas, mesmo depois de suspender os controles de tráfego, diz a nota.
A China reportou hoje dois novos casos de infecção local pelo novo coronavírus e 61 novas infecções importadas, levando o total de casos confiramos no país para 81.865. Já o número de mortes subiu em dois, para 3.335.
