“Para defender a soberania e os interesses de segurança da China, o governo chinês decidiu impor sanções a Gregory J. Hayes, presidente e diretor executivo da Raytheon Technologies Corporation, e Theodore Colbert III., presidente e diretor executivo da Boeing Defense, Space & Security, que estiveram envolvidos na última venda de armas”, disse a porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, na conferência de imprensa nesta sexta-feira.
A declaração vem depois do anúncio que os Estados Unidos venderiam US$ 1,106 bilhão em armamentos à Taiwan, no dia 2 de setembro. Na ocasião, o ministério havia dito que a China defenderia firmemente sua própria soberania e interesses.
“As vendas de armas prejudicam gravemente a soberania e os interesses de segurança da China e prejudicam as relações China-Estados Unidos e a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan. A China se opõe firmemente e condena veementemente as vendas”.
A China considera Taiwan uma província rebelde, dentro do princípio de ‘uma só China’, e a ilha se autodeclara independente do domínio chinês. As relações entre China e Estados Unidos ficaram mais tensas depois da visita da presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Nancy Pelosi, à Taiwan, em 3 de agosto.
“A China mais uma vez insta o governo americano e as partes relevantes a cumprirem o princípio de uma só China e as disposições dos três comunicados conjuntos China-Estados Unidos, interromper as vendas de armas a Taiwan e o contato militar com Taiwan e parar de criar novos fatores que possam levar a tensões no Estreito de Taiwan. A China continuará a tomar todas as medidas necessárias à luz da situação para defender firmemente sua própria soberania e interesses de segurança”.