São Paulo, 31 de maio de 2022 – A inflação em alta não é exclusividade do Brasil. O mundo também sofre com a alta dos preços, e há um fator adicional que interfere na dinâmica dos preços: a China.
Responsável por 30% do comércio global, a potência chinesa tem um peso considerável nesse processo. É de lá que vem grande parte dos semicondutores usados na indústria. Com os lockdowns severos impostos pelo governo para conter surtos de Covid-19 em regiões-chave como Xangai, a produção destes itens foi interrompida.
Isso acarretou um efeito dominó sobre outras indústrias no mundo, interrompendo boa parte da cadeia de suprimentos. Dessa forma, quando as restrições são relaxadas e a produção é retomada aos poucos, a demanda, então reprimida, vem com força. E isso pressiona os preços de forma global.
Para explicar como este e outros fatores da China interferem na economia mundial, o economista-chefe da Mirae Asset, Julio Hegedus Neto, foi entrevistado pela editora de Internacional da Agência CMA, Vanessa Zampronho. “A China representa 30% do comércio global. Vai demorar um pouco para a cadeia de suprimentos se normalizar. Há previsões de normalização em até dois anos”, afirma.
Por conta disso, o crescimento da economia chinesa, que costuma ser de 5% ao ano, deverá ficar um pouco menor em 2022. “Vai ser em um ritmo muito mais lento do que a China precisa, já que o governo chinês tem uma preocupação muito grande com o desempenho econômico”.
Acompanhe a íntegra da entrevista no link abaixo:
O vídeo faz parte da programação da CMA TV. O programa CMA Entrevista será divulgado quinzenalmente. Os jornalistas da redação da Agência CMA vão ouvir especialistas sobre temas de relevância para o mercado financeiro, tentando antecipar cenários.
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