São Paulo, 21 de julho de 2021 – O BTG Pactual prevê que as empresas do setor de educação ainda devem apresentar, em sua maioria, resultados fracos no segundo trimestre deste ano, refletindo uma dinâmica difícil no segmento local, pressões de preços e uma alavancagem operacional negativa, que impacta principalmente players menos expostos ao nicho de alta qualidade.
Às 11h50 (horário de Brasília), as ações da Cogna (COGN3 -1,71%) e da Yduqs (YDUQ3 – 2,45%) estavam entre as maiores perdas do Ibovespa.
A expectativa dos analistas do banco é que as empresas possam dar mais detalhes sobre os próximos meses nas teleconferências de resultados.
Sobre a Cogna, a expectativa é de outro balanço fraco, embora um pouco melhor na comparação trimestral. “Esperamos que a receita líquida consolidada caia 12% na comparação anual, para R$ 1,2 bilhão”, afirmaram, em relatório. Já o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve subir 117% na base anual devido a uma base de comparação fraca, já que no segundo trimestre de 2020 houve altas provisões.
Além disso, preveem que a Cogna deve continuar com alta alavancagem. O BTG mantém a recomendação “neutral” (equivalente à manutenção) para as ações da empresa.
Já em relação à Yduqs, a previsão é que o balanço venha em linha com o guidance já anunciado pela empresa, com crescimento em alguns números impulsionados por recentes aquisições, mas com margens levemente piores do que comparado com o ano passado.
“Esperamos receita líquida de R$ 1,14 bilhões, alta de 15% na comparação anual (o guidance era de R$ 1,1 a R$ 1,2 bilhão), e ebitda ajustado de R$ 353 milhões, alta de 8% na base anual, em linha com o guidance de R$ 304 a R$ 394 milhões. Finalmente, esperamos lucro líquido ajustado de R$ 103 milhões, uma queda de 24% frente ao mesmo trimestre de 2020, refletindo o alto endividamento da companhia”, afirmaram.
O BTG também mantém a recomendação “neutral” para a Yduqs em função do cenário ainda nebuloso para o setor.
