Comitê da OMS não confirma relação entre coágulo e vacina da AstraZeneca

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São Paulo – O Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) não confirmou a relação entre a vacinação contra a covid-19 produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a formação de coágulos sanguíneos em pessoas inoculadas com o imunizante.

O comitê revisou a segurança da vacina depois do relato de 30 casos de trombose, especialmente na Europa, e pelo menos uma morte de uma pessoa imunizada. O evento levou dezenas de países da União Europeia (UE) a suspenderem o uso das doses da AstraZeneca até que um estudo mais detalhado fosse realizado.

“Embora eventos tromboembólicos muito raros e únicos em combinação com trombocitopenia, como trombose do seio venoso cerebral (CVST), também tenham sido relatados após a imunização com as doses contra a covid-19 da AstraZeneca na Europa, não é certo que tenham sido causados pela vacinação”, diz comunicado.

Neste sentido, o comitê da OMS destaca que “a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca continua a ter um perfil de risco-benefício positivo, com tremendo potencial para prevenir infecções e reduzir mortes em todo o mundo”.

Segundo o comitê, até hoje, mais de 120 milhões de casos de infecções pelo novo coronavírus, com mais de 2 milhões de mortes, foram relatados globalmente. Até agora, mais de 20 milhões de doses da vacina da AstraZeneca foram administradas na Europa e mais de 27 milhões de doses da vacina Covishield – vacina AstraZeneca produzida pelo Serum Institute of India – foram administradas na Índia.

“A vacinação continua sendo uma ferramenta crítica para ajudar a prevenir doenças e mortes e controlar a pandemia”, diz o comunicado.

Ontem, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) do Reino Unido já haviam atestado a segurança e eficácia da vacina da AstraZeneca.