Comitê da Opep+ se abstém de recomendação sobre corte de oferta

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São Paulo – Os novos níveis de oferta da Opep e de seus aliados só serão conhecidos nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro já que o Comitê Conjunto de Acompanhamento Ministerial da OPEP+ (JMMC, na sigla em inglês) se absteve de fazer qualquer recomendação sobre o acordo que limita a produção do grupo no encontro realizado hoje.

“As recomendações do comitê serão fornecidas à 12ª Reunião Ministerial da Opep e não-Opep, que está programada para acontecer por videoconferência em 1 de dezembro de 2020”, diz o JMMC em nota.

A expectativa era de que o comitê pudesse recomendar no encontro de hoje a manutenção dos cortes em vigor ou então o aprofundamento desses limites à produção já que a Europa e os Estados Unidos estão enfrentando uma nova onda de covid-19, com reintrodução de medidas de bloqueio que podem afetar a demanda global por petróleo.

Até o momento, a Opep+ vem reduzindo a produção em cerca de 7,7 milhões de barris por dia (bpd), com uma taxa de conformidade de 101% em outubro, e planeja aumentar a produção em 2,0 milhões de bpd a partir de janeiro de 2021.

ADESÃO AOS CORTES

Na reunião de hoje, o comitê manifestou satisfação com os países participantes, em particular aos Emirados Árabes Unidos e Angola, que têm reduzido sua oferta para além das expectativas.

“[Esses países têm] reiterado a importância crítica de respeitar a plena conformidade e compensar os volumes produzidos em excesso em períodos anteriores, de forma a atingir o objetivo de reequilíbrio do mercado e evitar atrasos indevidos no processo”, diz o JMMC em nota.

O comitê revisou os dados de produção de petróleo para outubro para 101% e observou que, entre maio e outubro, a Opep+ contribuiu para reduzir a oferta global em aproximadamente 1,6 bilhão de barris, incluindo ajustes voluntários.