São Paulo – O Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Rogério Ceron, informou que a estimativa é realizar as emissões externas de títulos públicos sustentáveis no segundo semestre. A declaração foi dada após a primeira reunião, nesta quinta-feira, do Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas, colegiado do governo responsável pela elaboração do arcabouço para as emissões. A reunião foi convocada na semana passada e teve a participação de nove ministérios, além da Fazenda, que preside o comitê, por meio do Tesouro Nacional.
Desde janeiro, o comitê está trabalhando na elaboração do arcabouço das emissões, que terá um processo de acompanhamento e produção de relatório para prestação de contas e avaliação de impacto da agenda dos compromissos firmados junto com a emissão dos títulos, explicou Ceron. “Com essa agenda, vamos buscar, no segundo semestre, materializar a presença do Brasil no mercado mundial de bonds sustentáveis. Há um simbolismo que vai marcar o passo concreto do Brasil nessa agenda e há um apetite muito grande de investidores externos”, destacou.
Na reunião de hoje, o comitê recolheu contribuições de nove ministérios nas áreas ambiental, social, como combate à pobreza e haverá uma consolidação das contribuições. “Hoje foi mais um passo, constituímos, via decreto, a autorização para a constituição do comitê e realização da emissão. Já temos uma minuta do arcabouço, que foi discutida hoje, e temos alguns aprimoramentos e sugestões.”
Haverá uma nova reunião em julho, quando o arcabouço deverá estar fechado para iniciar uma avaliação independente para sua adequação. “Com isso, o comitê estará pronto para iniciar um roadshow a partir de setembro para realizar as emissões. “A data, entre setembro, outubro e novembro, dependerá da janela adequada do mercado, um posicionamento estratégico do Tesouro para avaliar a melhor janela para realizar as emissões.”
