Confiança da Indústria medida pela FGV sobe 1,2 ponto em maio

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São Paulo – O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 1,2 ponto em maio, para 98,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,2 ponto, para 97,1 pontos.

“Aos poucos, a confiança da indústria continua avançando, dessa vez, influenciado por uma melhora da situação atual. A percepção sobre a demanda segue melhorando gradualmente, e os empresários observam o nível de estoques se aproximar da normalidade. Há uma perspectiva positiva relacionada ao ambiente de negócios no segundo semestre embora o ímpeto sobre contratações nos próximos meses tenha apresentado queda, após a melhora nos últimos meses. Na ótica dos segmentos, é possível perceber a influência do desastre ambiental no Rio Grande do Sul, porém os impactos ainda não são claros a nível geral da confiança. Ademais, o cenário macroeconômico de cortes na taxa de juros, e melhora nos indicadores de trabalho e renda, contribuem com a tendência de otimismo para os próximos meses na indústria” comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Em maio, houve alta da confiança em 8 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete melhora nas avaliações sobre a situação atual e relativa estabilidade nas expectativas em relação aos próximos meses. O Indice Situação Atual (ISA) avançou 2,2 pontos, para 98,2 pontos. O Indice de Expectativas (IE) subiu 0,2 ponto, para 98,0 pontos, maior patamar desde junho de 2022 (99,5 pontos).

Entre os quesitos integrantes do ISA, o que mais influenciou a alta no mês foi o que mede o nível de estoques1, ao melhorar 4,6 pontos no mês, para 100,7 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). No mesmo sentido, o indicador que mede o nível de demanda avançou 2,5 pontos, para 98,2 pontos, melhor resultado desde setembro de 2022 (100,2 pontos). No sentido contrário, a situação atual dos negócios caiu pelo terceiro mês consecutivo, agora em 0,8 ponto, para 97,8 pontos.

Em relação às expectativas, houve piora no ímpeto de contratações e melhora das perspectivas sobre à produção e na tendência dos negócios nos próximos seis meses. Após três quedas consecutivas, o indicador que mede a produção nos três meses seguintes subiu 4,6 pontos, para 98,0 pontos. Em menor magnitude, a tendência dos negócios nos seis meses seguintes avançou 0,7 ponto, para 98,7, acumulando alta de 10,8 pontos desde agosto de 2023. Já o indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações recuou 4,7 pontos, para 97,3 após três resultados positivos nos últimos meses

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) caiu 0,6 ponto percentual em maio, para 81,8%.