São Paulo – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,2 ponto em janeiro em relação a dezembro, a 90,4 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado reflete a piora tanto das avaliações sobre o presente quanto as expectativas para os próximos anos.
Em base mensal, o Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 0,9 ponto, a 78,7 pontos, na primeira queda após duas altas consecutivas, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,4 ponto, a 98,9 pontos, deixando a zona de neutralidade e exercendo a maior influência de queda do ICC no mês.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses foi o que mais influenciou a queda da confiança em janeiro, atingindo o menor nível desde maio de 2017. Segundo a FGV, o resultado parece estar relacionado à piora da percepção dos consumidores sobre a situação da família no momento.
Na análise por faixas de renda, houve queda da confiança para os consumidores de todas as classes, exceto aqueles com rendimentos mensais entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. A maior contribuição negativa no período vem das famílias com maior poder aquisitivo, com renda superior a R$ 9,6 mil.
Para a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Bittencourt, apesar da queda da confiança do consumidor em janeiro, o resultado veio seguido de alta de 2 pontos em dezembro. “Para que a confiança avance mais rapidamente, continua sendo necessária a aceleração da recuperação do mercado de trabalho e a redução da incerteza que ainda se mantém em níveis altos em termos históricos”, avalia.
A edição deste mês coletou informações de 1.692 domicílios entre os dias 2 e 21 de janeiro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 20 de fevereiro.