Por Olívia Bulla
São Paulo – O Indice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu pela segunda vez seguida em novembro, em 0,5 ponto em relação a outubro, a 88,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado reflete piora apenas em relação às expectativas para os próximos meses.
A abertura do dado mensal que o Indice de Situação Atual (ISA) subiu 1,1 ponto, a 78,5 pontos, enquanto o Indice de Expectativas (IE) recuou 1,4 ponto, a 96,9 pontos, atingindo o menor valor desde maio deste ano. Para a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt, o resultado de novembro confirma a tendência de desaceleração da confiança, sugerindo que a liberação do FGTS e a gradual redução da taxa de desemprego ainda não foram suficientes para recuperar o ímpeto de compras dos consumidores.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses foi o que mais contribuiu para a queda da confiança em novembro, recuando pelo segundo mês consecutivo e refletindo o menor otimismo das famílias com a situação financeira nos meses seguintes. Em sentido oposto, o indicador que mede a expectativa do consumidor com a evolução da economia avançou ao maior nível desde agosto.
Na análise por faixas de renda, houve queda da confiança para os consumidores de todas as classes, exceto aqueles com rendimentos mensais entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. Já a maior contribuição negativa no período vem das famílias com renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil.
A edição deste mês coletou informações de 1.783 domicílios entre os dias 1 e 21 de novembro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 20 de dezembro.
