São Paulo – O Indice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, em -3,2 pontos em relação a novembro, a 78,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador encerrou uma tendência de alta iniciada em julho.
A abertura do dado mensal mostra que o resultado reflete a piora da percepção dos consumidores em relação ao presente e também ao futuro. Em base mensal, o Indice de Situação Atual (ISA) cedeu 2,1 pontos, a 69,7 pontos, enquanto o Indice de Expectativas (IE) recuou 3,7 pontos, a 85,6 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a situação atual da economia caiu 1,6 ponto, para 74,1 pontos, menor nível desde julho. Enquanto o indicador de finanças familiares caiu pela terceira vez seguida. No âmbito do IE, o otimismo em relação ao cenário econômico foi o que mais contribuiu para a queda, sendo que também houve piora no indicador que mede a satisfação com a situação financeira.
Na análise por renda, houve queda da confiança em todas as famílias, exceto nas de maior poder aquisitivo, com renda acima de R$ 9,6 mil, no qual o ICC subiu 1,2 ponto. Já as famílias de menor renda, houve queda de 8,7 pontos, influenciado pela piora na situação financeira. Para a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Bittencourt, o resultado da confiança do consumidor neste mês reflete as incertezas diante a segunda onda de covid-19, fim do benefícios emergenciais e desemprego elevado.
A edição deste mês coletou informações de 1.840 domicílios entre os dias 30 de novembro e 17 de dezembro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 25 de janeiro.