São Paulo, 25 de novembro de 2020 – O Indice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu pelo segundo mês consecutivo em novembro, em -0,7 ponto em relação a outubro, a 81,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador retorna aos níveis vistos em agosto.
A abertura do dado mensal mostra que o resultado reflete a piora da percepção dos consumidores em relação ao presente e também ao futuro. Em base mensal, o Indice de Situação Atual (ISA) cedeu 0,6 ponto, a 71,8 pontos, enquanto o Indice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, a 89,3 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a situação atual da economia seguiu em acomodação, enquanto o indicador de finanças familiares caiu pela segunda vez seguida. No âmbito do IE, o otimismo em relação ao cenário econômico foi o que mais contribuiu para a queda, sendo que também houve piora no indicador que mede a satisfação com a situação financeira.
Na análise por renda, houve queda da confiança das famílias com maior poder aquisitivo e acomodação para as famílias de rendimento menor, de até R$ 4,8 mil. Já a faixa com ganhos mensais entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil foi a única a oscilar em alta. Para a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Bittencourt, o resultado da confiança do consumidor neste mês reflete o aumento da incerteza relacionada à pandemia e seu potencial impacto na economia.
A edição deste mês coletou informações de 1.887 domicílios entre os dias 3 e 21 de novembro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 22 de dezembro.