Confiança do consumidor esboça recuperação em abril, segundo FGV

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuperou apenas parcialmente a forte retração (-9,8 pontos) ocorrida em março e subiu 4,3 pontos em abril na comparação com o mês anterior, alcançando 72,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

“A melhora foi influenciada pela diminuição do pessimismo das famílias em relação aos próximos meses, mas sem nenhuma percepção de recuperação da situação atual dado o cenário de agravamento da pandemia e dificuldades enfrentadas pelas famílias”, disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora de sondagens da FGV.

A abertura do dado mensal mostra que o resultado reflete a estabilidade da percepção em relação ao presente e a melhora em relação ao futuro. Em base mensal, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 0,5 ponto, a 64,5 pontos, mantendo-se perto da mínima histórica, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve alta de 6,7 pontos, a 79,2 pontos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, os que medem o grau de satisfação com a situação atual em relação à economia geral e sobre a condição financeira registraram discreta melhora e estabilidade, respectivamente. Em relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas para a economia foi o que mais contribuiu para a recuperação parcial da confiança, ajudado por uma melhora pontual nas perspectivas para as finanças pessoais.

Na análise por renda, houve melhora da confiança em quase todas as faixas, com exceção das famílias de renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil reais, para as quais a confiança encontra-se no nível mais baixo desde maio do ano passado.

A edição deste mês coletou informações de 1.631 domicílios entre os dias 1 e 24 de abril. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 25 de maio.