São Paulo – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) interrompeu duas altas seguidas e subiu 2,7 pontos em dezembro em relação a novembro, a 91,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador alcançou o maior nível desde fevereiro deste ano.
A abertura do dado mostra que o resultado positivo foi influenciado tanto pela melhora da avaliação sobre o presente quanto pelas expectativas em relação aos próximos meses. Em base mensal, o Indice de Situação Atual (ISA) avançou 1,5 ponto, a 80, pontos, alcançando o maior valor desde janeiro de 2015, enquanto o Indice de Expectativas (IE) saltou 3,3 pontos, a 100,2 pontos, retornando à zona de neutralidade.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em dezembro, após duas quedas consecutivas. Também houve melhora no otimismo das famílias com a situação financeira no momento atual.
Para a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Bittencourt, apesar do aumento da confiança em dezembro. “Isso significa que, mesmo com a recuperação gradual da economia, a incerteza trouxe um efeito redutor nas expectativas para as famílias brasileiras”, avalia. Segundo ele, o resultado deste mês ainda parece influenciado pela liberação de recursos do FGTS.
Na análise por faixas de renda, houve aumento da confiança para os consumidores de todas as classes, exceto aqueles com rendimentos mensais entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. Já a maior contribuição positiva no período vem das famílias com renda até R$ 2,1 mil.
A edição deste mês coletou informações de 1.723 domicílios entre os dias 1 e 18 de dezembro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 24 de janeiro.