Por: Olívia Bulla
São Paulo – O Indice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu pela segunda vez seguida em setembro, em 0,5 ponto em relação a agosto, a 89,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar do avanço tímido, o indicador alcançou o maior nível desde março deste ano.
A abertura do dado mensal mostra que a alta reflete a melhora da avaliação em relação às expectativas para os próximos meses, já que a avaliação sobre a situação presente piorou. Na passagem de agosto para setembro, o Indice de Situação Atual (ISA) recuou 1,3 ponto, a 77,4 pontos, enquanto o Indice de Expectativas (IE) avançou 1,5 ponto, a 98,7 pontos, mas seguiu abaixo do nível neutro de 100 pontos pelo sexto mês consecutivo.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis foi o que mais contribuiu para a alta da confiança. Em sentido oposto, os indicadores que medem o otimismo do consumidor em relação à economia e à situação financeira familiar recuaram. Destaque ainda para a queda do indicador que mede o grau de satisfação com a economia, após três altas seguidas.
Na análise por faixas de renda, houve aumento da confiança dos consumidores em todos os níveis, exceto para as famílias com menor poder aquisitivo (renda familiar mensal até R$ 2,1 mil). Em contrapartida, a confiança dos consumidores com renda familiar superior a R$ 9,6 mil atingiu o maior valor desde abril.
A edição deste mês coletou informações de 1.733 domicílios entre os dias 31 de agosto e 19 de setembro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 24 de outubro.