São Paulo – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) manteve em junho o ritmo de recuperação depois da forte a forte retração (-9,8 pontos) ocorrida em março e subiu 4,7 pontos na comparação com o mês anterior, depois de alta de 3,7 pontos em maio, alcançando 80,9 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com sua terceira alta mensal seguida, o índice chegou ao maior nível desde novembro de 2020.
“Sob a ótica das famílias, a percepção é de melhora da situação atual e também das perspectivas futuras”, disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora de sondagens da FGV. “Pela primeira vez desde julho do ano passado, a intenção de compras de bens duráveis avança de forma mais expressiva, o que parece relacionado a um maior otimismo em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que existam diferenças entre as faixas de renda”, prosseguiu ela.
A abertura do dado mensal mostra que o resultado reflete melhoras tanto na percepção em relação ao presente quanto em relação ao futuro. Em base mensal, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2,9 pontos, a 71,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve alta de 5,9 pontos, a 88,3 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, os que medem o grau de satisfação com a situação atual em relação à economia geral e sobre a condição financeira registraram melhora. Em relação às expectativas, o indicador que mede o ímpeto de compras para os próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em junho, retornando a níveis próximos dos de novembro do ano passado.
Na análise por renda, houve melhora da confiança em todas as faixas, com destaque para os consumidores com maior poder aquisitivo (renda superior a R$ 9.600,00 por mês), cujo indicador atingiu o maior nível desde fevereiro de 2020.
A edição deste mês coletou informações de 1.610 domicílios entre os dias 1 e 21 de junho. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 26 de julho.