Congresso dos EUA aprova plano de infraestrutura; Biden comemora

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São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comemorou a aprovação no Congresso de seu pacote de gastos de infraestrutura de US$ 1 trilhão como um “passo monumental à frente como nação”.

“Finalmente, semana da infraestrutura!”, disse Biden a repórteres no final de semana. “Estou muito feliz em dizer isso: semana de infraestrutura!”, afirmou. “Fizemos algo que já deveria ter sido feito há muito tempo, sobre o qual há muito se fala em Washington, mas nunca foi feito de fato”.

Pouco antes da meia-noite de sexta-feira, a Câmara dos Representantes do país deu a aprovação final ao pacote, o maior investimento individual de recursos federais em projetos de infraestrutura em mais de uma década, em uma votação de 228 a 206. O pacote de infraestrutura agora segue para a mesa de Biden para ser sancionado.

As negociações sobre o amplo projeto de lei de obras públicas criaram uma divisão entre os democratas. Muitos da área mais à esquerda queriam aprovar o pacote maior, incialmente de mais de US$ 3 trilhões, que envolvia reformas sociais.

A liderança democrata e Biden, no entanto, preferiram correr com a aprovação da proposta atual depois da derrota para o partido nas eleições governamentais no estado da Virginia, local classicamente democrata. Com o abandono de apoio de seis deputados do próprio partido, Biden contou com o voto de treze republicanos, a maioria moderados.

A legislação de infraestrutura propõe US$ 550 bilhões em novos gastos federais, ao longo dos próximos oito anos, para atualizar rodovias, estradas e pontes, e para modernizar os sistemas de trânsito da cidade e redes ferroviárias de passageiros. O acordo também reserva recursos para água potável, internet de alta velocidade e uma rede nacional de pontos de recarga de veículos elétricos.

“Esse é um investimento que ocorre uma vez em uma geração e que vai criar milhões de empregos, modernizando a infraestrutura, nossas estradas, nossas pontes, nossa banda larga, todas as coisas”, disse Biden.

O pacote será financiado de várias maneiras, incluindo fundos de alívio de emergência não gastos da pandemia de covid-19.

Agora, Biden terá que lutar para aprovar seu outro projeto, de cerca de US$ 1,75 trilhão, para reformas sociais envolvendo pré-escola universal para crianças de 3 e 4 anos, licença familiar remunerada, créditos fiscais para creches e extensos programas de mudança climática.

Em seus esforços finais para reunir votos para o projeto de lei de infraestrutura aprovado na sexta-feira, Biden havia pedido aos membros céticos de seu partido que confiassem em acordos silenciosos que, segundo ele, haviam sido feitos para garantir a aprovação do projeto na semana de 15 de novembro.

Questionado se havia obtido garantias de moderados do partido de que eles votariam a favor do amplo projeto de política social, Biden se recusou a dar detalhes. “Não vou entrar em detalhes sobre quem assumiu quais compromissos comigo – eu não negocio em público. Mas me sinto confiante”, disse ele.

No entanto, diversos setores da Câmara estão exigindo uma avaliação independente do verdadeiro custo do projeto de lei. Isso deve levar pelo menos duas semanas para ficar pronto, mas os líderes democratas dizem estar confiantes de que o projeto será aprovado antes do feriado de Ação de Graças no final de novembro.

Na sexta-feira, a Câmara fez uma votação processual para iniciar o debate sobre o projeto de lei de gastos sociais. A casa passou a votação processual na manhã de sábado por 221 votos a 213.