Buenos Aires – Após a destituição por “incapacidade moral” do presidente do Peru, Martín Vizcarra, na ontem de noite, o Congresso emitiu comunicado garantindo que haverá eleições em 11 de abril de 2021, conforme previsto, e uma “transição democrática”, que está prevista para 28 de julho do próximo ano.
O parlamento, que considerou que a destituição de Vizcarra “é um fato democrático e absolutamente constitucional”, indicou também que será constituído um “gabinete amplo” com o objetivo de “resolver os problemas que atualmente oprimem os peruanos. ”
Da mesma forma, afirma que as prioridades da nova administração, que estará a cargo do chefe do Congresso, Manuel Merino, serão a atenção à pandemia, a recuperação da economia, a educação, a segurança e os direitos laborais e sociais.
A destituição de Vizcarra, que substituía o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou em 2018 antes que o Congresso decidisse removê-lo do cargo, ocorre cinco meses antes das próximas eleições presidenciais.
DEVER CUMPRIDO
Vizcarra acatou a decisão do Congresso e disse que estava deixando o Palácio do Governo imediatamente para sua residência particular. No entanto, ele negou as acusações.
“Saio do Palácio do Governo como entrei há dois anos e oito meses: de cabeça erguida”, declarou Vizcarra à imprensa, rodeado pelos seus ministros, no pátio da Casa do Governo. “Saio com a consciência limpa e dever cumprido”, acrescentou.
Vizcarra obteve altos níveis de popularidade durante seus 32 meses de governo. Na noite passada, após o impeachment, houve marchas e carreatas em seu apoio na cidade de Lima e outras partes do país.
Enrique Pizarro / Agência CMA Latam