São Paulo – A Guide Investimentos tem as seguintes recomendações em sua carteira de setembro: Assaí ON (ASAI3), Banco do Brasil ON (BBAS3), Minerva ON (BEEF3), Equatorial ON (EQTL3), Hypera ON (HYPE3), Lojas Renner ON (LREN3), Magazine Luiza ON (MGLU3), Petrobras PN (PETR4), Totvs ON (TOTS3) e Vale ON (VALE3).
Sobre as ações recomendadas, a corretora destaca que a Petrobras segue apresentando bons volumes de produção e redução no seu lifting cost (custo de extração) com maior participação das operações do pré-sal no portfólio. A corretora espera que novos poços entrem em operação a médio prazo, contribuindo para o aumento na produção.
No curto prazo, a Guide vê alguns gatilhos para a petrolífera: continuidade da venda de ativos não estratégicos; avanço do projeto de desinvestimento das refinarias; perspectiva de novos anúncios de dividendos. “Vemos a estatal cada vez mais eficiente, com margens recorrentemente apresentando melhoras, e o endividamento progressivamente encolhendo, que aliado ao elevado nível de geração de caixa e a sólida liquidez possibilitaram o anúncio de R$ 6,73 por ação ordinária e preferencial. Vale ressaltar o aumento das exportações à Europa que a Petrobras capturou, em virtude da guerra na Ucrânia, que fez com que as exportações russas fossem redirecionadas para os mercados asiáticos”, comentaram.
Em relação à Vale, apesar de esperar números mais fracos em virtude dos menores preços realizados no período, os volumes parcialmente compensaram o efeito, o que se refletiu em um lucro líquido acima do esperado. A pressão de custos e despesas fizeram com que as margens encolhessem também, entretanto esperamos uma descompressão no médio prazo. Os principais risco são desaceleração da demanda mundial de minério, principalmente com arrefecimento de planos de desenvolvimento, como dos EUA; variação da taxa de câmbio dólar/real; riscos ambientais, como rompimento de barragens e poluição ambiental; e risco de paralização causada por chuvas.
Sobre a empresa de atacarejo Assaí, a Guide destaca sua forte geração de caixa, sendo um destaque de crescimento no setor, estratégia e execução bem definidas para a expansão e diretoria com vasta experiência no setor de varejo alimentar.
Em relação ao Banco do Brasil, a Guide estima que, neste ano, o banco mantenha suas margens de rentabilidade estáveis em patamares elevados, com uma taxa de inadimplência abaixo da média e expansão marginal de sua carteira de crédito. “Além disso, esperamos que o banco continue ampliando outras fontes de receita, como previdência e consórcio”, comentou a corretora.
Em relação à Minerva, a corretora disse que é sua a principal escolha do setor, principalmente por conta do ciclo bovino que deve perdurar por alguns trimestres. “Os últimos resultados da empresa nos surpreenderam positivamente, com resultado operacional recorde, graças o forte volume com exportações, especialmente para a Ásia. E vale lembrar que, apesar do pagamento de dividendos, a alavancagem financeira recuou, em virtude do forte Ebitda.”
A Guide também vê mudanças significativas no setor elétrico, principalmente com a maior participação das fontes renováveis de energia e com a abertura do mercado, e grandes oportunidades em saneamento com o Novo Marco Legal, e entende que a Equatorial tem o modelo de negócio e vantagens competitivas ideais para capturar as novas oportunidades.
Sobre a Hypera Pharma, a corretora avalia que a boa aceitação dos seus produtos, confirmada pelo sell-out recorde, deve manter um ritmo elevado de crescimento das vendas nos próximos trimestres. “A Hypera combina atualmente elevado crescimento, valuation atrativo e perfil defensivo devido à natureza não-cíclica de seus produtos”, opinam.
Sobre a Lojas Renner, destacou sua receita líquida de R$ 3,6 bilhões no 2T22 (+46% no A/A), e considera que a empresa mostrou que sua estratégia de omnicalidade (integração entre canais físico e digital de forma fluída) está rendendo bons frutos. Também citou como outro ponto bastante positivo o retorno da margem bruta do varejo para patamares muito próximos daqueles que eram reportados antes da pandemia, chegando a 56,1% no trimestre, reflexo direto do mix de vendas do período, ainda mais impulsionadas pelo frio um pouco antes do esperado que tivemos no 2T22.
Para Magazine Luiza, a Guide afirma que ainda que a empresa tenha apresentado prejuízo líquido de R$ 112 milhões no período, o ganho de capital de giro da companhia foi positivo, representando uma folga de R$ 1,1 bilhão no caixa operacional. O efeito ocorreu devido à redução do estoque e às melhores condições negociadas junto aos fornecedores.
Sobre a Totvs, a Guide avalia que suas investidas com outras grandes companhias mostram que a empresa tem potencial também na exploração de novos negócios e que a vê como um dos players mais bem posicionados no setor de tecnologia no país. Entre os seus principais riscos, cita: dificuldades no processo de integração de empresas adquiridas; manutenção de uma oferta de soluções atrativas em um mercado em constante transformação; um aumento do churn (taxa de cancelamento) pode impactar as receitas da empresa.