São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) confirmou que a conselheira Lenisa Prado pediu o adiamentopara a próxima sessão do julgamento do processo que analisa a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) pela Petrobras para a Reman Participações, do Grupo Atem. Lenisa é relatora do processo e a próxima sessão deve ocorrer em 15 dias.
Há rumores de que integrantes do Cade veem problemas concorrenciais na operação, o que não foi confirmado pelo órgão.
A venda da Reman é parte do acordo firmado em 2019 com o Cade, em que a Petrobras se comprometeu a vender oito refinarias para aumentar a concorrência neste mercado, e inclui também o repasse de ativos logísticos, como dutos e um terminal aquaviário (TUP Reman).
Em maio, a Superintendência-Geral do Cade chegou a aprovar a operação. A conselheira Lenisa Prado, porém, reabriu a análise, o que levou o processo ao tribunal.
Para a Ativa Investimentos, o adiamento da questão era esperado, em meio à indecisão dos membros da autoridade e, de certa forma, é conveniente para os envolvidos, como a Petrobras, que pode negociar a aplicação de remédios para facilitar a aprovação da questão.