São Paulo – O conselho de administração da Companhia Paranaense de Energia (Copel) aprovou, em reunião, uma nova política de distribuição de dividendos aos acionistas. O tamanho dos pagamentos dependerá da proporção da dívida líquida em relação ao ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) – quanto maior a proporção, menor o valor desembolsado.
“A nova política tem o objetivo de proporcionar mais transparência e previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas, definindo criteriosos parâmetros que preservam as diretrizes estratégicas e financeiras da Copel de médio e longo prazo”, disse a empresa em comunicado.
Segundo a nova política, o volume de pagamentos dependerá da relação entre a dívida líquida e o ebitda, e levará em conta a preservação do fluxo de caixa disponível (FCD) – caixa operacional menos investimentos. Também está previsto que a empresa passará a fazer dois pagamentos de proventos no ano. Antes, era apenas um.
Sob estes critérios, se a dívida líquida for menor que 1,5 vez o ebitda, a Copel distribuirá 65% do lucro líquido ajustado na forma de dividendos. Se esse índice ficar entre 1,5 e 2,7 vezes, será distribuído 50% do lucro líquido ajustado, e se o índice superar 2,7 vezes, será pago 25% do lucro líquido ajustado.
O resultado financeiro mais recente divulgado pela Copel, referente ao terceiro trimestre do ano passado, aponta que a dívida líquida equivalia a 1,3 vezes o ebitda na época.
“Com o objetivo de preservar a capacidade de investimentos sustentáveis, os valores calculados na nova política estarão sempre limitados pelo FCD, exceto o dividendo obrigatório. Adicionalmente, a Companhia buscará não ultrapassar a alavancagem de 2,7x”, explicou a Copel.
Bruno Soares / Agência CMA