São Paulo, SP – A Hypera informou que realizou reunião do conselho de administração para avaliar a proposta de oferta pública de aquisição de ações e de combinação de negócios feita pela NC Farma Participações (EMS), de forma não solicitada ou previamente discutida.
Após analisar a proposta, em conjunto com seus assessores externos, o conselho deliberou, por unanimidade, rejeitá-la, sem dar início a tratativas quanto ao tema. Entre os motivos alegados para a recusa, a farmacêutica disse que a “avaliação atribuída à companhia na proposta subestima significativamente o valor da Hypera”.
Segundo o comunicado, o conselho considerou, principalmente, que o portfólio de produtos da EMS, substancialmente focado em medicamentos genéricos, não está alinhado com os segmentos que a companhia avalia como estratégicos. Além disso, a Hypera e a EMS têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa absolutamente distintas, sendo a Hypera uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, e a EMS uma empresa familiar de capital fechado.
“A companhia lamenta que a proposta lhe tenha sido enviada ao mesmo tempo em que divulgada pela imprensa e ainda com o pregão em curso. Reforçamos que a administração segue focada na execução da estratégia de otimização de capital de giro, com enorme potencial de geração de valor para seus acionistas de longo prazo”, concluiu o comunicado.
Em carta ao diretor de Relações com Investidores, João Alves de Queiroz Filho, da holding Maiorem e maior acionista da Hypera, afirmou que concorda em absoluto com a decisão do conselho de administração pela recusa da proposta e reiterou o compromisso “de apoiar o plano estratégico de longo prazo da companhia, bem como as diretrizes de governança corporativa e cultura construídas ao longo dos últimos anos”.