Consumidores reduzem expectativa de inflação em abril, segundo pesquisa do BCE

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A pesquisa de expectativa de inflação do Banco Central Europeu (BCE) de abril, divulgada hoje (28) mais cedo, indica que houve uma redução no crescimento do índice de preços ao consumidor para os próximos 12 meses (2,9% em abril ante 3% de março) e para os próximos três anos (2,4% em abril, ante 2,5% de março). São os índices mais baixos desde setembro de 2021.

Já as expectativas de crescimento da inflação nos últimos 12 meses se mantêm inalteradas em 5%. Os desenvolvimentos nas percepções e expectativas de inflação permaneceram relativamente alinhados entre os grupos de renda, embora um pouco mais baixos para os que possuem renda mais alta.

De acordo com a pesquisa do BCE, os entrevistados mais jovens (de 18 a 34 anos) continuaram a relatar expectativas de inflação mais baixas do que os entrevistados mais velhos (de 35 a 54 anos e de 55 a 70 anos), embora tenha havido uma convergência de percepções de inflação entre as faixas etárias. (Resultados da inflação)

As expectativas do consumidor para o crescimento da renda nominal permaneceram estáveis em 1,3%. As percepções de crescimento dos gastos nominais nos últimos 12 meses diminuíram ligeiramente para 6,3%, de 6,4% em março. Este declínio foi observado apenas nos grupos de entrevistados mais velhos (de 35 a 54 anos e de 55 a 70 anos). As expectativas de crescimento dos gastos nominais nos próximos 12 meses permaneceram estáveis em 3,6%.

As expectativas de crescimento econômico para os próximos 12 meses foram menos negativas, em -0,8% em comparação com -1,1% em março. Por outro lado, as expectativas para a taxa de desemprego em 12 meses à frente aumentaram para 10,9%, acima dos 10,7% em março.

Os dados trimestrais mostraram que os entrevistados desempregados relataram uma diminuição na probabilidade esperada de encontrar um emprego nos próximos três meses, que caiu para 27,5% em abril, de 30,5% em janeiro. Os entrevistados empregados também relataram que a probabilidade esperada de perda de emprego nos próximos três meses aumentou para 10,6% em abril, de 8% em janeiro.

Os consumidores esperavam que o preço de suas casas aumentasse em 2,6% nos próximos 12 meses, o que foi 0,2 ponto percentual a mais do que em março. As famílias de renda mais baixa continuaram a esperar um maior crescimento nos preços das casas do que aquelas de renda mais alta (3,2% e 2,3%, respectivamente).

As expectativas para taxas de juros de hipotecas em 12 meses à frente permaneceram inalteradas em 5,0%. Como nos meses anteriores, as famílias de menor renda esperavam as maiores taxas de juros de hipotecas em 12 meses à frente. A porcentagem líquida de famílias que relataram um aperto (em relação às que relataram um afrouxamento) no acesso ao crédito nos últimos 12 meses teve um novo ligeiro declínio, assim como a porcentagem líquida daqueles que esperavam um aperto nos próximos 12 meses. A parcela de consumidores que relataram ter solicitado crédito nos últimos três meses, que é medida trimestralmente, permaneceu inalterada desde janeiro em 16,8%.